Lição Inaugural
| Autor | Mário FROTA |
| Cargo | Director do CEDC |
Soezes ataques se lhe dirigiram de quadrantes de onde só se admitiria cooperação.
Reacções anacrónicas como que a proscrever uma reflexão que se afigurava imprescindível em vista de uma consequente modelação do ordenamento jurídico do turismo, nas perspectivas por que se desdobra.
Defecções de entidades que decerto nas agendas mal administradas e no desvario que campeia pelos círculos oficiais se viram coagidas a dispensar-se de demandar a Figueira para no ensejo revelarem os propósitos que animam um segmento do económico que concorre com 11% para o produto interno e absorve 10% da mão-de-obra. E que registou índices insuspeitos de incremento em Dezembro pretérito.
Em quadro tão pouco promissor, uma personalidade, porém, se destacou no incondicional suporte à iniciativa - José MANUEL ALVES -, o rosto visível de uma coesa equipa que na Região do Turismo do Centro tende a erguer o pendão da solidariedade, da eficácia, da eficiência e de acrisolado amor à sua terra.
Até à Associação Nacional das Regiões de Turismo, no atabalhoamento das actividades e no sopesamento dos interesses, olvidou datas e calendários e marcou para as datas do evento uma plenária em Vilamoura...
O despudor com que se desfazem compromissos, deixando em pânico os organizadores, parece ser uma constante dos dias agitados que os espíritos vivem nestas que outrora foram as terras de Santa Maria.
Neste Reino que foi, como dizia Mouzinho, obra de soldados que se norteavam pelos ditâmes da honra, dever, serviço e sacrifício... E que ora malbarata valores e se vota a frivolidades ou a valorizar o acessório em detrimento do essencial.
O espectro de desmantelamento, de ruína que percorre as instituições, mau grado os laivos de novo-riquismo que emergem pontualmente, como que são prenúncio do fim de uma época.
Mas também o infortúnio nos bateu à porta. Nomes fundamentais na reflexão que ora se inicia, acometimentos de males de saúde, não puderam associar-se-nos presencialmente.
Como que apetece de modo prosaico dizer: organizem-se, senhores, organizem-se.
Fora esse o método da denominada Escola de Sagres e Portugal não se teria arrogado os feitos que dele fizeram CONSTRUTOR DE MUNDOS e Pátria de Pátrias, que soube edificar o País-Continente que é o Brasil e que saúdo particularmente na pessoa das magistradas e advogados que da outra riba do Atlântico nos acompanham neste evento.
Saudar as entidades que nos honram com a sua presença neste instante é dever de cortesia, mas é também...
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